Muito bem vindo mais uma vez ao blog, desta vez trouxe uma entrevista com a Dra. Luciana Evangelista, médica de família, me contou sua história, como foi sua trajetória e como aplica a DIETA DO BEM.
Gilson – Como a Senhora deixou de ser enfermeira, sendo mãe de primeira viagem, e com filho e tudo?
Dra. Luciana Evagelista – Então Gilson, fui fazer medicina, com 27 anos, meu filho tinha 3 meses na época, quando eu tomei essa decisão, foi bem bacana.
Gilson – Porque não fez antes?
Dra. Luciana Evangelista – Na verdade não fiz antes pelo fato de oportunidade mesmo, eu venho de uma família humilde, tenho origem humilde e, na época, não dispunha recursos financeiros para fazer um cursinho, não trabalhar, aliás trabalho desde o 15 anos, o meu primeiro emprego foi no McDonald’s e, depois, já com 27 anos, depois de ser enfermeira, com filhinho recém nascido de 3 meses, um dia fazendo Mingau, parei e pensei; o que falta na minha vida? já tinha meu filho, era realizada, era casada, O que falta para eu ser feliz? O que falta para eu realizar? Me dei conta que o grande sonho da minha vida e que eu não tinha realizado ainda era ser médica. Neste dia eu decidi ser médica. Foquei nisso, cuidava do filho, amamentava, fazia os deveres, estudava, e passei um ano no cursinho, nessa época já tinha condições de pagar um cursinho e consegui passar numa faculdade pública aqui em Brasília. Comecei a cursar, não foi fácil mas valeu muito a pena. Acredito que o que valeu mais a que chegar no final, foi a jornada.
Gilson – A poucos dias, você me falou de uma dieta do bem, uma metáfora com os três macaquinhos que não houve, não enxerga e não fala, como é isto?
Dra. Luciana Evangelista – Percebi o seguinte, na minha dinâmica, eu trabalho como médica de família em uma comunidade bem carente aqui de Brasília, percebi que a maioria dos problemas que as pessoas têm de adoecimento, estão muito relacionados com a mentalidade que elas desenvolvem, é uma mentalidade extremamente voltada para o mal, para o fracasso e para o negativo de uma forma geral. Ai criei essa dieta que a dieta do bem.
Gilson – Então conta pra gente.
Dra. Luciana Evangelista – O primeiro passo, o macaquinho do ouvidinho fechado, não ouvir o mal, toda vez que eu vou ouvir alguma coisa, alguém me conta alguma coisa, ela vai ter que passar por esse filtro; É importante para mim? isso traz alguma mudança positiva? Eu posso colaborar com isso? Se for falar de alguém, isso é verdade? É significativo na minha vida? Se eu ouvir uma música, essa música me traz crenças construtivas? Se não, não ouço. Então o primeiro passo, não ouvir o mal. Segundo passo, falar. Toda vez que eu vou me dirigir a alguém, paciente, amigos ou a minha família, eu penso sobre isso, faço essa reflexão: É importante? O que eu vou falar serve para construção daquela pessoa? Quantas vezes a gente perde a oportunidade de validar os pacientes, as pessoas que estão conosco, fazer um elogio real, e aí acabamos reclamando, então não reclama, sempre validar, sempre acolher, falar de coisas que tragam esperanças. As pessoas estão muito carente de esperança, essa ideia de escassez, ela tem sido muito veiculada pela grande mídia. O terceiro passo que eu não veja; Eu tenho feito essa Direta com filtros, assim quando vou ver um filme, eu verifico primeiro a sinopse, a história, qual a crença que ele passa, o que eu quero construir, o que ele passa, não tenho visto novelas, não vejo noticiário porque, impressionantemente. as notícias negativas vendem muito mais que as notícias positivas. Tenho percebido muitos ganhos na minha vida.
Gilson – A respeito do ouvir, quais aprendizados trouxe para você?
Dra. Luciana Evangelista – É verdade! eu adorava música sertaneja, adorava de não adoro mais; Quando eu comecei esse propósito, comecei a refletir mesmo, a trazer consciência, porque na verdade, a maioria das coisas a gente ouve mas não escuta, então eu comecei perceber como que essas músicas impactara minha vida. Na maioria das músicas que ouvia era um esquema de sofrência, pessoa traída, abandonada e isto reforçava minha crença. Porque eu tive um problema com meu primeiro relacionamento, me separei, isso massificava para mim que homem não presta, não se relaciona, serei enganada, então após isso eu vou até me casar! É uma nova crença sendo construída, que existem sim homens fieis, existem sim pessoas boas, o mundo sim é abundante, tem espaço para todo mundo, não precisamos corromper, roubar o próximo para construir nosso sucesso e que a gente pode doar sempre.
Gilson – Agradecer a generosidade da Dra. Luciana Evangelista em compartilhar sua história, contribuir para libertar as pessoas das crenças limitantes. O Brasil, com todos os recursos que tem, infelizmente não se desenvolveu ainda na sua Plenitude, por conta dessas crenças limitantes.
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Para saber mais:
Os Três Macacos Sábios (em japonês: 三猿, sanzaru/san’en ou 三匹の猿, sanbiki no saru) ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século XVII localizado no Santuário Toshogu, na cidade de Nikkō, Japão. Sua origem é baseada em um provérbio japonês. Seus nomes são mizaru (o que cobre os olhos), kikazaru (o que tapa os ouvidos) e iwazaru (o que tapa a boca), que é traduzido como não ouça o mal, não fale o mal e não veja o mal. A palavra saru, em japonês, significa macaco, e tem o mesmo som da terminação verbal zaru, que está ligado à negação.
Fonte de Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.